Perguntas Frequentes (FAQ) sobre PostgreSQL Última atualização: Sex Jun 4 00:09:16 EDT 2004 Mantenedor atual: Bruce Momjian (pgman@candle.pha.pa.us) Traduzido por: Euler Taveira de Oliveira (euler@ufgnet.ufg.br) A versão mais recente desse documento pode ser vista em http://www.PostgreSQL.org/docs/faqs/FAQ.html (EN). http://www.PostgreSQL.org/docs/faqs/FAQ_brazilian.html (pt_BR). Perguntas sobre plataformas específicas são respondidas em http://www.PostgreSQL.org/docs/index.html. _________________________________________________________________ Perguntas Gerais 1.1) O que é PostgreSQL? Como ele é pronunciado? 1.2) Qual é a licença do PostgreSQL? 1.3) Quais plataformas Unix o PostgreSQL pode ser executado? 1.4) Quais portabilidades não-Unix estão disponíveis? 1.5) Onde eu posso conseguir o PostgreSQL? 1.6) Onde eu posso conseguir suporte? 1.7) Qual é a última versão? 1.8) Que documentação está disponível? 1.9) Como eu posso saber quais são os bugs conhecidos ou características ausentes? 1.10) Como eu posso aprender SQL? 1.11) O PostgreSQL está livre do Bug do Milênio? 1.12) Como posso me juntar a equipe de desenvolvimento? 1.13) Como eu informo a existência de um bug? 1.14) Como é o PostgreSQL comparado a outros SGBDs? 1.15) Como eu posso ajudar financeiramente o projeto PostgreSQL? Perguntas sobre Clientes 2.1) Há drivers ODBC para PostgreSQL? 2.2) Quais ferramentas estão disponíveis para utilizar o PostgreSQL com páginas Web? 2.3) O PostgreSQL tem interfaces gráficas para interagir com usuário? 2.4) Quais linguagens estão disponíveis para comunicar-se com o PostgreSQL? Perguntas Administrativas 3.1) Como eu instalo o PostgreSQL em um local diferente de /usr/local/pgsql? 3.2) Quando eu inicio o postmaster, eu recebo a mensagem Bad System Call ou uma descarga de memória (core dump). Por que? 3.3) Quando eu tento iniciar o postmaster, eu recebo erros IpcMemoryCreate. Por que? 3.4) Quando eu tento iniciar o postmaster, eu recebo erros IpcSemaphoreCreate. Por que? 3.5) Como eu controlo conexões de outras máquinas? 3.6) Como eu ajusto o servidor de banco de dados para obter uma performance melhor? 3.7) Quais características de depuração estão disponíveis? 3.8) Por que eu recebo "Sorry, too many clients" quando eu tento conectar? 3.9) O que está no diretório pgsql_tmp? 3.10) O que eu preciso fazer para exportar e importar durante a atualização de versões do PostgreSQL? Perguntas Operacionais 4.1) Qual é a diferença entre cursores binários e normais? 4.2) Como eu faço um SELECT somente dos primeiros registros de uma consulta? Um registro randômico? 4.3) Como eu obtenho a lista de tabelas ou outras coisas que eu posso ver no psql? 4.4) Como eu removo uma coluna de uma tabela ou mudo o seu tipo de dados? 4.5) Qual é o tamanho máximo de um registro, uma tabela e um banco de dados? 4.6) Quanto espaço em disco é necessário para armazenar dados de um arquivo texto? 4.7) Como eu descubro quais tabelas, índices, bancos de dados e usuários estão definidos? 4.8) Minhas consultas estão lentas ou não estão utilizando índices. Por que? 4.9) Como eu vejo como o otimizador de consultas está avaliando minha consulta? 4.10) O que é um índice de árvore R (R-tree)? 4.11) O que é um Otimizador Genético de Consultas? 4.12) Como eu faço buscas com expressões regulares e buscas com expressões regulares sem diferenciar maiúsculas de minúsculas? Como eu utilizo um índice para buscas que não diferenciam maiúsculas de minúsculas? 4.13) Em uma consulta, como eu detecto se um campo é NULL? 4.14) Qual é a diferença entre os vários tipos de dados de caracteres? 4.15.1) Como eu crio um campo serial/auto incremento? 4.15.2) Como eu consigo o valor de um campo SERIAL? 4.15.3) currval() e nextval() não lidam com condição de corrida com outros usuários? 4.15.4) Por que os números da minha sequência não são reutilizados quando uma transação é abortada? Por que há intervalos nos números da minha sequência/coluna SERIAL? 4.16) O que é um OID? O que é um TID? 4.17) Qual é o significado de alguns termos utilizados no PostgreSQL? 4.18) Por que eu recebo o erro "ERROR: Memory exhausted in AllocSetAlloc()"? 4.19) Como eu informo qual versão do PostgreSQL eu estou utilizando? 4.20) Por que minhas operações com objetos grandes retorna "invalid large obj descriptor"? 4.21) Como eu crio uma coluna que conterá por padrão a hora atual? 4.22) Por que as minhas subconsultas que utilizam IN estão tão lentas? 4.23) Como eu faço uma junção externa (outer join)? 4.24) Como eu faço consultas utilizando múltiplos bancos de dados? 4.25) Como eu retorno múltiplos registros ou colunas de uma função? 4.26) Por que eu não posso confiar na criação/remoção de tabelas temporárias em funções PL/PgSQL? 4.27) Que opções para replicação estão disponíveis? 4.28) Que opções para encriptação estão disponíveis? Extendendo o PostgreSQL 5.1) Eu escrevi uma função. Quando eu executo-a no psql, por que ela finaliza o programa com descarga de memória (core dump)? 5.2) Como eu posso contribuir com alguns tipos e funções novas para o PostgreSQL? 5.3) Como eu escrevo uma função em C que retorna uma tupla? 5.4) Eu alterei um arquivo do código-fonte. Por que a recompilação não surtiu efeito? _________________________________________________________________ Perguntas Gerais 1.1) O que é PostgreSQL? Como ele é pronunciado? PostgreSQL é pronunciado Post-Gres-Qui-El. Um arquivo de áudio está disponível em http://www.postgresql.org/postgresql.mp3 para aqueles que gostariam de ouvir a pronúncia. PostgreSQL é um melhoramento do sistema de gerência de banco de dados POSTGRES (e também é, às vezes, chamado simplesmente de "Postgres"), um protótipo de pesquisa de um SGBD de última geração. Enquanto o PostgreSQL retém a modelagem de dados poderosa e a grande quantidade de tipos de dados do POSTGRES, ele substituiu a linguagem de consulta PostQuel com um subconjunto extendido do SQL. PostgreSQL é livre e o código-fonte completo está disponível. O desenvolvimento do PostgreSQL é feito por um grupo de desenvolvedores que estão inscritos na lista de e-mails de desenvolvimento do PostgreSQL. O coordenador atual é Marc G. Fournier (scrappy@PostgreSQL.org). (Veja a seção 1.6 para saber como se juntar ao grupo). O grupo é responsável por todo o desenvolvimento do PostgreSQL. É um projeto da comunidade e não é controlado por nenhuma empresa. Para se juntar ao grupo, veja a FAQ do desenvolvedor em http://www.PostgreSQL.org/docs/faqs/FAQ_DEV.html Os autores do PostgreSQL 1.01 foram Andrew Yu e Jolly Chen. Muitos outros contribuiram para portar, testar, depurar e melhorar o código. O código original do Postgres, do qual o PostgreSQL foi derivado, foi um esforço de muitos estudantes de graduação e pós-graduação e uma equipe de programadores trabalhando sobre a direção do Professor Michael Stonebraker na Universidade da Califónia em Berkeley. O nome original do software em Berkeley era Postgres. Quando o SQL foi adicionado em 1995, seu nome foi mudado para Postgres95. O nome foi mudado no fim de 1996 para PostgreSQL. 1.2) Qual é a licença do PostgreSQL? PostgreSQL está sujeito a seguinte licença: PostgreSQL Sistema de Gerência de Banco de Dados Portions copyright (c) 1996-2004, PostgreSQL Global Development Group Portions Copyright (c) 1994-6 Regents of the University of California Permissão de uso, cópia, modificação e distribuição desse software e sua documenta¸ão para qualquer propósito, sem taxa, e sem um acordo escrito está concedida por esse meio, contanto que a nota da licença acima, esse parágrafo e os dois parágrafos seguintes apareçam em todas as cópias. EM NENHUM EVENTO A UNIVERSIDADE DA CALIFÓRNIA SERÁ RESPONSÁVEL POR QUALQUER PARTIDO EM DANOS DIRETOS, INDIRETOS, ESPECIAIS, INCIDENTAIS OU CONSEQUENTES, INCLUINDO PERDA DE LUCROS, SURGIDOS A PARTIR DO USO DO SOFTWARE E DE SUA DOCUMENTAÇÃO, MESMO SE A UNIVERSIDADE DA CALIFÓRNIA ESTIVER SIDO AVISADA DA POSSIBILIDADE DE TAL DANO. A UNIVERSIDADE DA CALIFÓRNIA ESPECIFICADAMENTE NÃO DÁ NENHUMA GARANTIA, INCLUINDO, MAS NÃO LIMITADO A, GARANTIAS IMPLÍCITAS DE COMERCIALIZAÇÃO E ATENDIMENTO DE PROPÓSITO PARTICULAR. O SOFTWARE É FORNECIDO ABAIXO "COMO É", E A UNIVERSIDADE DA CALIFÓRNIA NÃO TEM OBRIGAÇÃO DE FORNECER MANUTENÇÃO, SUPORTE, ATUALIZAÇÕES, MELHORIAS OU MODIFICAÇÕES. O que está descrito acima é a licença BSD, uma licença de código aberto clássica. Ela não tem restrições de como o código pode ser utilizado. Nós gostamos dela e não temos intenções de mudá-la. 1.3) Quais plataformas Unix o PostgreSQL pode ser executado? Em geral, qualquer plataforma moderna compatível com Unix deve ser capaz de executar o PostgreSQL. As plataformas que foram testadas antes do lançamento de uma versão são listadas nas instruções de instalação. 1.4) Quais portabilidades não-Unix estão disponíveis? Cliente É possível compilar a biblioteca libpq, o psql e outras interfaces e aplicações clientes para executar em plataformas MS Windows. Neste caso, o cliente está sendo executado no MS Windows e comunica via TCP/IP com um servidor executando em uma das plataformas Unix suportadas. O arquivo win32.mak está presente na distribuição para que seja possível compilar a biblioteca libpq e o psql para Win32. O PostgreSQL também se comunica com clientes ODBC. Servidor O Servidor de banco de dados pode ser executado em Windows NT e Win2k utilizando o Cygwin, uma biblioteca de portabilidade Unix/NT da Cygnus. Veja pgsql/doc/FAQ_MSWIN na distribuição ou a FAQ do MS Windows em http://www.PostgreSQL.org/docs/faqs/text/FAQ_MSWIN. Um porte nativo para MS Win NT/2000/XP está sendo desenvolvido. Para maiores detalhes sobre o status do PostgreSQL no Windows veja http://techdocs.postgresql.org/guides/Windows e http://momjian.postgresql.org/main/writings/pgsql/win32.html. Há também um porte para Novell Netware 6 em http://forge.novell.com. 1.5) Onde eu posso conseguir o PostgreSQL? O servidor ftp principal do PostgreSQL é ftp://ftp.PostgreSQL.org/pub. Para relação de servidores espelhos (mirrors), consulte nosso website. 1.6) Onde eu posso conseguir suporte? A lista de discussão principal é: pgsql-general@PostgreSQL.org. Ela está disponível para discussões relacionadas ao PostgreSQL. Para se inscrever, envie um e-mail com as seguintes linhas no corpo (não envie no assunto): subscribe end para pgsql-general-request@PostgreSQL.org. Há também uma lista síntese (digest) disponível. Para se inscrever, envie um e-mail para: pgsql-general-digest-request@PostgreSQL.org com o seguinte corpo: subscribe end Sínteses (Digests) são enviadas aos membros dessa lista quando a lista receber cerca de 30k em mensagens. A lista de discussão sobre bugs está disponível. Para se inscrever, envie um e-mail para pgsql-bugs-request@PostgreSQL.org com o seguinte corpo: subscribe end Há também uma lista de discussão dos desenvolvedores disponível. Para se inscrever, envie um e-mail para pgsql-hackers-request@PostgreSQL.org com o seguinte corpo: subscribe end Outras listas de discussões e informações sobre o PostgreSQL podem ser encontradas na homepage do PostgreSQL em: http://www.PostgreSQL.org Há também um canal de IRC na Freenode e EFNet, canal PostgreSQL. Você pode utilizar o comando Unix irc -c '#PostgreSQL' "$USER" irc.phoenix.net. ou irc -c '#PostgreSQL' "$USER" irc.freenode.net. Uma lista de empresas que prestam suporte comercial está disponível em http://techdocs.postgresql.org/companies.php. 1.7) Qual é a última versão? A última versão do PostgreSQL é a versão 7.4.2. Nós planejamos lançar versões novas a cada seis ou oito meses. 1.8) Que documentação está disponível? Vários manuais, páginas de manuais (man pages) e alguns exemplos para teste estão incluídos na distribuição. Veja o diretório /doc. Você pode acessar os manuais online em http://www.PostgreSQL.org/docs. Há dois livros sobre PostgreSQL disponíveis online em http://www.PostgreSQL.org/docs/awbook.html e http://www.commandprompt.com/ppbook/. Há uma lista de livros sobre PostgreSQL disponíveis para compra em http://techdocs.PostgreSQL.org/techdocs/bookreviews.php. Há também uma coleção de artigos técnicos sobre PostgreSQL em http://techdocs.PostgreSQL.org/. psql tem alguns comandos \d para mostrar informação sobre tipos, operadores, funções, agregações, etc. Nosso web site contém ainda mais documentação. 1.9) Como eu posso saber quais são os bugs conhecidos ou características ausentes? PostgreSQL suporta um subconjunto extendido do SQL-92. Veja a nossa lista de afazeres (TODO) para saber sobre bugs conhecidos, características ausentes e planos futuros. 1.10) Como eu posso aprender SQL? O livro "The PostgreSQL book" em http://www.PostgreSQL.org/docs/awbook.html ensina SQL. Há outro livro sobre PostgreSQL em http://www.commandprompt.com/ppbook. Há bons tutoriais em http://www.intermedia.net/support/sql/sqltut.shtm, , http://ourworld.compuserve.com/homepages/graeme_birchall/HTM_COOK.HTM, e em http://sqlcourse.com. Outro é o "Teach Yourself SQL in 21 Days, Second Edition" em http://members.tripod.com/er4ebus/sql/index.htm Muitos dos nossos usuários gostam do The Practical SQL Handbook, Bowman, Judith S., et al., Addison-Wesley. Outros gostam do The Complete Reference SQL, Groff et al., McGraw-Hill. 1.11) O PostgreSQL está livre do Bug do Milênio? Sim, nós podemos manipular datas após o ano 2000 AD e antes do ano 2000 BC. 1.12) Como posso me juntar a equipe de desenvolvimento? Primeiramente, faça o download do código-fonte e leia a documentação para Desenvolvedores do PostgreSQL no nosso website ou na distribuição. Depois, se inscreva nas lista de discussão pgsql-hackers e pgsql-patches. Então submeta patches de alta qualidade para pgsql-patches. Há algumas pessoas que tem privilégios para fazer mudanças (commit) na árvore CVS do PostgreSQL. Cada um deles submeteram tantos patches de alta qualidade que foi impossível para os committers continuarem a fazerem as mudanças, e então nós confiamos que os patches que eles submetem são de alta qualidade. 1.13) Como eu informo a existência de um bug? Por favor visite a página da ferramenta que reporta bugs em http://www.PostgreSQL.org/bugs/bugs.php, que irá lher dar as instruções e direções de como submeter um bug. Verifique também o nosso ftp ftp://ftp.PostgreSQL.org/pub para ver se há uma versão mais recente do PostgreSQL ou patches. 1.14) Como é o PostgreSQL comparado a outros SGBDs? Há várias maneiras de se medir um software: características, performance, confiabilidade, suporte e preço. Características PostgreSQL tem muitas características presentes em muitos SGBDs comerciais como transações, subconsultas, gatilhos, visões, integridade referencial de chave estrangeira e travamento (lock) sofisticado. Nós temos algumas características que eles não tem, como tipos definidos pelo usuário, herança, regras e controle de concorrência de múltiplas versões para reduzir travamentos (locks). Performance PostgreSQL tem a performance similar a outros bancos de dados comerciais e de código livre. Ele é mais rápido em algumas coisas, mais lento em outras. Comparado ao MySQL ou sistemas de bancos de dados "leves", nós somos mais rápidos com múltiplos usuários, consultas complexas e carga de consultas de leitura/escrita. MySQL é mais rápido para consultas simples com SELECT feitas por poucos usuários. É claro que o MySQL não tem muitas das características mencionadas na seção Características acima. Nós desenvolvemos buscando confiabilidade e características, e nós continuamos a melhorar a performance a cada versão. Há uma página interessante comparando o PostgreSQL com o MySQL em http://openacs.org/philosophy/why-not-mysql.html. MySQL é uma empresa que distribui seu produto via código livre, e requer uma licença comercial para software de código fechado, e não uma comunidade de desenvolvimento de código livre como o PostgreSQL. Confiabilidade Nós sabemos que um SGBD deve ser confiável ou ele é inútil. Nós empenhamos em lançar versões bem testadas, de código estável e que tenha o mínimo de bugs. Cada versão tem no mínimo um mês de teste em versão beta, e nosso histórico de versões mostra que nós podemos fornecer versões estáveis e sólidas que estão prontas para uso em produção. Nós acreditamos que somos comparados a nosso favor com outros sistemas de bancos de dados nessa área. Suporte Nossas listas de discussão fornecem contato com um grupo de desenvolvedores e usuários para ajudar a resolver muitos problemas encontrados. Enquanto nós não podemos garantir o conserto, SGBDs comerciais nem sempre fornecem também. Com acesso direto aos desenvolvedores, a comunidade de usuários, manuais e o código fonte faz com que o suporte do PostgreSQL seja superior ao de outros SGBDs. Há suporte comercial por incidente disponíveis para aqueles que precisam de um. (Veja seção 1.6 da FAQ.) Preço Nós somos livres para uso dele tanto comercial quanto não comercial. Você pode adicionar nosso código ao seu produto sem limitações, exceto aquelas descritas na nossa licença compatível com a licença BSD mencionada acima. 1.15) Como eu posso ajudar financeiramente o projeto PostgreSQL? PostgreSQL teve sua primeira infra-estrutura em 1996 quando iniciamos. Somos todos gratos ao Marc Fournier, que criou e gerenciou esta infra-estrutura ao longo dos anos. Infra-estrutura de qualidade é muito importante em um projeto de código aberto. Ela previne descontinuidades que podem facilmente descontinuar o andamento do projeto. É claro, que a infra-estrutura não é barata. Há vários custos iniciais e mensais que são necessários para manté-la. Se você ou sua empresa tem dinheiro que pode ser doado para ajudar a financiar esse esforço, acesse http://store.pgsql.com/shopping/ e faça uma doação. Embora a página mencione PostgreSQL, Inc, a "contribuição" é somente para apoiar o projeto PostgreSQL e não financia nenhuma empresa específica. Se você preferir, você pode enviar um cheque para o endereço de contato. _________________________________________________________________ Se você tiver uma história de sucesso sobre o PostgreSQL, envie-a para nosso website em http://advocacy.postgresql.org. Perguntas sobre Clientes 2.1) Há drivers ODBC para PostgreSQL? Há dois drivers ODBC disponíveis, PsqlODBC e o OpenLink ODBC. Você pode fazer o download do PsqlODBC em http://gborg.postgresql.org/project/psqlodbc/projdisplay.php. OpenLink ODBC pode ser conseguido em http://www.openlinksw.com. Ele trabalha com cliente ODBC padrão, então você poderá ter o ODBC para PostgreSQL disponível em toda plataforma que eles suportam (Win, Mac, Unix, VMS). Eles provavelmente venderão seu produto para pessoas que precisam de um suporte de qualidade, mas uma versão gratuita estará sempre disponível. Por favor envie perguntas para postgres95@openlink.co.uk. 2.2) Quais ferramentas estão disponíveis para utilizar o PostgreSQL com páginas Web? Uma boa introdução para páginas web que utilizam bancos de dados pode ser vista em: http://www.webreview.com Para integração na Web, PHP é uma excelente interface. Ele está em http://www.php.net. Para casos complexos, muitos usam a Interface Perl e CGI.pm ou mod_perl. 2.3) O PostgreSQL tem interfaces gráficas para iteragir com o usuário? Sim, há várias interfaces gráficas para PostgreSQL disponíveis. Entre elas o PgAccess http://www.pgaccess.org), PgAdmin III (http://www.pgadmin.org, RHDB Admin (http://sources.redhat.com/rhdb/ ) e o Rekall ( http://www.thekompany.com/products/rekall/, proprietária). Há também o PhpPgAdmin ( http://phppgadmin.sourceforge.net/ ), uma interface web para PostgreSQL. Veja http://techdocs.postgresql.org/guides/GUITools para uma lista mais detalhada. 2.4) Quais linguagens estão disponíveis para comunicar-se com PostgreSQL? Muitas linguagens de programação populares contém uma interface para PostgreSQL. Verifique a lista de extensões (módulos) da sua linguagem de programação. As seguintes interfaces estão incluídas na distribuição do PostgreSQL: * C (libpq) * Embedded C (ecpg) * Java (jdbc) * Python (PyGreSQL) * TCL (libpgtcl) Interfaces adicionais estão disponíveis em http://gborg.postgresql.org na seção de Drivers/Interfaces. _________________________________________________________________ Perguntas Administrativas 3.1) Como eu instalo o PostgreSQL em um local diferente de /usr/local/pgsql? Especifique a opção --prefix quando executar o configure. 3.2) Quando eu inicio o postmaster, eu recebo a mensagem Bad System Call ou uma descarga de memória (core dump). Por que? Isto pode ser vários problemas, mas primeiro verifique se você tem extensões do System V instaladas no seu kernel. PostgreSQL requer suporte no kernel a memória compartilhada e semáforos. 3.3) Quando eu tento iniciar o postmaster, eu recebo erros IpcMemoryCreate. Por que? Você não configurou a memória compartilhada corretamente no seu kernel ou você precisa aumentar a memória compartilhada disponível no seu kernel. A quantidade exata que você precisa vai depender da arquitetura e de quantos buffers e processos do servidor você configurou para o postmaster. Muitos sistemas, com o número padrão de buffers e processos, precisam de aproximadamente 1 MB. Veja o Guia do Administrador do PostgreSQL para mais informação sobre memória compartilhada e semáforos. 3.4) Quando eu tento iniciar o postmaster, eu recebo erros IpcSemaphoreCreate. Por que? Se a mensagem de erro é IpcSemaphoreCreate: semget failed (No space left on device) então o seu kernel não está configurado com o número de semáforos suficientes. O Postgres precisa de um semáforo por processo do servidor. Uma solução temporária é iniciar o postmaster com um limite pequeno de processos do servidor. Utilize -N com o parâmetro menor do que o padrão (32). Uma solução permanente seria aumentar os parâmetros do kernel SEMMNS e SEMMNI. Semáforos inoperantes podem também causar danos durante intenso acesso ao banco de dados. Se a mensagem é outra coisa, você possivelmente não tem suporte a semáforo configurado no seu kernel. Veja o Guia do Administrador para mais informação sobre memória compartilhada e semáforos. 3.5) Como eu controlo conexões de outras máquinas? Por padrão, o PostgreSQL só permite conexões da máquina local utilizando soquetes de domínio Unix. Outras máquinas não poderão conectar-se a menos que você habilite tcpip_sockets no postgresql.conf, e habilite a autenticação por máquina modificando o arquivo $PGDATA/pg_hba.conf. Isso irá permitir conexões TCP/IP. 3.6) Como eu ajusto o servidor de banco de dados para obter uma performance melhor? Certamente, índices podem acelerar consultas. O comando EXPLAIN ANALYZE permite que você veja como o PostgreSQL está interpretando a consulta, e quais os índices são utilizados. Se você está fazendo muitos INSERTs, considere fazê-los em lote utilizando o comando COPY. Isso é mais rápido do que INSERTs individuais. Segundo, sentenças que não estão em um bloco de transação BEGIN WORK/COMMIT são consideradas com se estivessem em sua própria transação. Considere executar várias sentenças em um mesmo bloco de transação. Isso reduz a quantidade de transações. Também, considere remover e criar índices novamente quando estiver fazendo muitas mudanças nos dados. Há várias opções de ajuste. Você pode desabilitar o fsync() iniciando o postmaster com a opção -o -F. Isso irá impedir que fsync()s enviem os dados para disco após cada transação. Você também pode utilizar a opção -B do postmaster para aumentar o número de buffers de memória compartilhada utilizados pelos processos do servidor. Se você definiu este parâmetro com um valor muito alto, o postmaster pode não iniciar porque você excedeu o limite de espaço de memória compartilhada do kernel. Cada buffer é de 8K e o padrão é de 64 buffers. Você também pode utilizar a opção -S do backend para aumentar a máxima quantidade de memória utilizada pelo processo servidor para ordenações temporárias. O valor de -S é medido em kilobytes e o padrão é de 512 (ou seja 512K). Você também pode utilizar o comando CLUSTER para agrupar dados em tabelas para combinar um índice. Veja o manual sobre CLUSTER para mais informação. 3.7) Quais características de depuração estão disponíveis? PostgreSQL tem várias características que relatam informações que podem ser valiosas para fins de depuração. Primeiro, execute o configure com a opção --enable-cassert, muitos assert()s monitoram o progresso do núcleo (backend) e finalizam o programa quando alguma coisa inesperada acontece. O postmaster e o postgres tem várias opções de depuração disponíveis. Primeiro, quando iniciar o postmaster, tenha certeza que você enviou a saida padrão e a saída de erro padrão para um arquivo de log, como em: cd /usr/local/pgsql ./bin/postmaster >server.log 2>&1 & Isso irá criar um arquivo server.log no diretório raiz do PostgreSQL. Este arquivo conterá informações úteis sobre problemas ou erros encontrados pelo servidor. O Postmaster tem uma opção -d que permite que informações mais detalhadas sejam relatadas. A opção -d é acompanhada por um número que indica o nível de depuração. Esteja alerta de que alto nível de depuração gera grandes arquivos de log. Se o postmaster não está sendo executado, você pode executar o núcleo do postgres a partir da linha de comando, e digitar a sua sentença SQL diretamente. Isso é recomendado somente para fins de depuração. Note que uma nova linha termina a consulta, e não um ponto-e-vírgula. Se você compilou com símbolos de depuração, você pode utilizar um depurador para ver o que está acontecendo. Como o núcleo (backend) não foi iniciado a partir do postmaster, ele não está executando em um ambiente idêntico e problemas de iteração com o núcleo/travamento não podem ser reproduzidos. O programa postgres possue as opções -s, -A, e -t que podem ser muito úteis para depuração e medidas de performance. Você também pode compilar com perfil para ver que funções estão demandando tempo de execução. Os arquivo de perfil do núcleo (backend) serão colocados no diretório pgsql/data/base/dbname. O arquivo de perfil do cliente será colocado no diretório atual do cliente. O Linux requer uma compilação com -DLINUX_PROFILE para criação dos perfis. 3.8) Por que eu recebo "Sorry, too many clients" quando eu tento conectar? Você precisa aumentar o limite do postmaster de quantos processos do servidor concorrentes ele pode iniciar. O limite padrão é de 32 processos. Você pode aumentá-lo reiniciando o postmaster com o valor conveniente de -N ou modificar o postgresql.conf. Note que se você definir o -N com um valor maior do que 32, você também deve aumentar -B cujo padrão é 64; -B deve ser pelo menos duas vezes -N, e provavelmente deve ser mais do que isso para uma melhor performance. Para um grande número de processos do servidor, você também precisa aumentar vários parâmetros de configuração do kernel do Unix. Coisas para serem observadas incluem o tamanho máximo de blocos de memória compartilhada, SHMMAX; o número máximo de semáforos, SEMMNS e SEMMNI; o número máximo de processos, NPROC; o número máximo de processos por usuário, MAXUPRC; e o número máximo de arquivos abertos, NFILE e NINODE. A razão na qual o PostgreSQL tem um limite de número de processos do servidor permitidos é para que o seu sistema não fique sem recursos disponíveis. 3.9) O que está no diretório pgsql_tmp? Este diretório contém arquivos temporários gerados pelo executor de uma consulta. Por exemplo, se uma ordenação é necessária para satisfazer um ORDER BY e a ordenação requer mais espaço do que o parâmetro -S do servidor permite, então arquivos temporários são criados para abrigar os dados extras. Os arquivos temporários geralmente são apagados automaticamente, mas podem persistir caso o servidor termine anormalmente durante a ordenação. Uma parada e um reinício do postmaster removerá os arquivos destes diretórios. 3.10) O que eu preciso fazer para exportar e importar durante a atualização entre versões do PostgreSQL? O time do PostgreSQL faz somente pequenas mudanças entre versões menores, então atualizar da versão 7.2 para 7.2.1 não requer uma exportação e uma importação. Contudo, versões maiores (i.e. da 7.2 para 7.3) geralmente muda-se o formato interno das tabelas de sistema e dos arquivo de dados. Essas mudanças geralmente são complexas, então nós não mantemos compatibilidade para os arquivos de dados. Uma exportação em um formato genérico que pode ser importada utilizando o novo formato interno. Em versões onde o formato em disco não muda, o script pg_upgrade pode ser utilizado para atualizar sem precisar de um dump/restore. As notas da versão mencionam se pg_upgrade está disponível para a versão. _________________________________________________________________ Perguntas Operacionais 4.1) Qual é a diferença entre cursores binários e normais? Veja o comando DECLARE no manual para uma descrição. 4.2) Como eu faço um SELECT somente dos primeiros registros de uma consulta? Um registro randômico? Veja o manual do FETCH, ou utilize SELECT ... LIMIT.... Toda a consulta tem que ser avaliada, mesmo se você só quer os primeiros registros. Considere utilizar uma consulta que tenha um ORDER BY. Se há um índice que combina com o ORDER BY, o PostgreSQL pode ser capaz de avaliar somente os primeiros registros requisitados, ou toda consulta tem que ser avaliada até que os registros desejados tenham sido gerados. Para obter um registro randômico, utilize: SELECT col FROM tab ORDER BY random() LIMIT 1; 4.3) Como eu obtenho a lista de tabelas ou outras coisas que eu posso ver no psql? Utilize o comando \dt para ver tabelas no psql. Para obter uma lista completa de comandos no psql você pode utilizar \?. Alternativamente você pode ler o código-fonte do psql no arquivo pgsql/src/bin/psql/describe.c. Ele contém comandos SQL que geram a saída para os comandos do psql. Você também pode iniciar o psql com a opção -E então serão mostradas as consultas utilizadas para executar os comandos que você digitou. PostgreSQL também fornece uma interface para o INFORMATION SCHEMA SQLi na qual você pode consultar informações sobre o banco de dados. 4.4) Como eu removo uma coluna de uma tabela ou mudo o seu tipo de dados? A funcionalidade DROP COLUMN foi adicionada a versão 7.3 com comando ALTER TABLE DROP COLUMN. Em versões anteriores, você pode fazer isto: BEGIN; LOCK TABLE old_table; SELECT ... -- selecione todas colunas mas não aquela que você quer remover INTO TABLE new_table FROM old_table; DROP TABLE old_table; ALTER TABLE new_table RENAME TO old_table; COMMIT; Para alterar o tipo de dados de uma coluna, faça isto: BEGIN; ALTER TABLE tab ADD COLUMN new_col new_data_type; UPDATE tab SET new_col = CAST(old_col AS new_data_type); ALTER TABLE tab DROP COLUMN old_col; COMMIT; Você pode querer executar o comando VACUUM FULL tab para recuperar o espaço em disco utilizado pelos registros expirados. 4.5) Qual é o tamanho máximo de um registro, uma tabela e um banco de dados? Estes são os limites: Tamanho máximo de um banco de dados? ilimitado (existem bancos de dad os de 32 TB) Tamanho máximo de uma tabela? 32 TB Tamanho máximo de um registro? 1.6TB Tamanho máximo de um campo? 1 GB Número máximo de registros em uma tabela? ilimitado Número máximo de colunas em uma tabela? 250-1600 dependendo dos tipos da s colunas Número máximo de índices em uma tabela? ilimitado É claro, que eles não são ilimitados, mas limitados ao espaço em disco disponível e espaço em memória/swap. A Performance será penalizada quando estes valores se tornarem grandes. O tamanho máximo de uma tabela com 32 TB não requer suporte a arquivos grandes do sistema operacional. Tabelas grandes são armazenadas como múltiplos arquivos de 1 GB então o limite do sistema de arquivos não é importante. O tamanho máximo de uma tabela e o número máximo de colunas pode ser quadruplicadas aumentando-se o tamanho dos blocos para 32k. 4.6) Quanto espaço em disco é necessário para armazenar dados de um arquivo texto? Um banco de dados PostgreSQL irá requerer até cinco vezes a quantidade de espaço requerida para armazenar dados em um arquivo texto. Como um exemplo, considere um arquivo com 100.000 linhas contendo um inteiro e uma descrição em cada linha. Suponha que o tamanho médio da descrição é de vinte bytes. O arquivo terá 2.8 MB. O tamanho do arquivo do banco de dados PostgreSQL que contém esses dados pode ser estimado em 6.4 MB: 36 bytes: cada cabeçalho de registro (aproximadamente) 24 bytes: um campo int e um campo texto + 4 bytes: ponteiro na página para a tupla ------------------------------------------- 64 bytes por registro O tamanho de uma página de dados no PostgreSQL é 8192 bytes (8 KB), então: 8192 bytes por página ------------------------ = 128 registros por página do banco de dados (ar redondado para baixo) 64 bytes por registro 100000 registros de dados ---------------------------- = 782 páginas do banco de dados (arredondado para cima) 128 registros por página 782 páginas do banco de dados * 8192 bytes por página = 6,406,144 bytes (6.4 MB) Índices não requerem muito espaço, mas contém dados que foram indexados, então eles podem ocupar algum espaço. NULLs são armazenados como bitmaps, então eles utilizam muito pouco espaço. 4.7) Como eu descrubo quais tabelas, índices, bancos de dados e usuários estão definidos? psql tem uma variadade de comandos com barra invertida que mostram tais informações. Utilize \? para vê-los. Há também tabelas do sistema que começam com pg_ e que os descrevem também. Também, psql -l listará todos os bancos de dados. Veja também o arquivo pgsql/src/tutorial/syscat.source. Ele ilustra muitos SELECTs necessários para obter informação das tabelas do sistema de banco de dados. 4.8) Minhas consultas estão lentas ou não estão utilizando índices. Por que? Índices não são automaticamente utilizados por toda consulta. Índices só são utilizados se uma tabela é maior do que o tamanho mínimo e uma consulta seleciona somente uma porcentagem pequena de registros de uma tabela. Isto porque o acesso randômico ao disco causado por uma busca por índice pode ser mais lento do que uma leitura ao longo da tabela ou uma busca sequencial. Para determinar se um índice pode ser utilizado, o PostgreSQL deve ter estatísticas sobre a tabela. Estas estatísticas são coletadas utilizando VACUUM ANALYZE ou simplesmente ANALYZE. Utilizando estatísticas, o otimizador saber quantos registros há na tabela e pode determinar melhor se um índice deve ser utilizado. Estatísticas também são úteis para determinar a ordem de junção ótima e métodos de junção. Coleção de estatísticas deve ser feita periodicamente a medida que o conteúdo da tabela muda. Índices não são normalmente utilizados para ORDER BY ou para fazer junções. Uma busca sequencial seguida por uma ordenação explícita é usualmente mais rápida do que uma busca por índice em uma tabela grande. Contudo, LIMIT combinado com ORDER BY frequentemente utilizará um índice porque somente uma pequena porção da tabela é retornada. De fato, embora MAX() e MIN() não utilizem índices, é possível obter tais valores utilizando um índice com ORDER BY e LIMIT: SELECT col FROM tab ORDER BY col [ DESC ] LIMIT 1; Se você acredita que o otimizador está incorreto ao escolher uma busca sequencial, utilize SET enable_seqscan TO 'off' e execute testes para ver se uma busca por índice é de fato é mais rápida. Quando é utilizado operadores com curingas tais como LIKE ou ~, índices só podem ser utilizados em certas circunstâncias: * O ínício de uma string de busca deve ser o início da string, i.e. + modelos no LIKE não devem começar com %. + modelos no ~ (expressão regular) não devem começar com ^. * A string de busca não pode iniciar com uma classe de caracteres, i.e. [a-e]. * Buscas que não diferenciam maiúsculas de minúsculas tais como ILIKE e ~* não utilizam índices. Ao invés, utilize índices funcionais, que são descritos na seção 4.12. * A localidade padrão C deve ser utilizada durante o initdb. 4.9) Como eu vejo como o otimizador de consulta está avaliando a minha consulta? Veja o comando EXPLAIN no manual. 4.10) O que é um índice de árvore R? Um índice de árvore B é utilizado para indexação de dados espaciais. Um índice do tipo hash não pode manipular buscas em intervalos. Um índice de árvore B manipula somente buscas em intervalos em uma dimensão. Um índice de árvore R pode manipular dados multidimensionais. Por exemplo, se um índice de árvore R pode ser contruido em um atributo do tipo point, o sistema pode responder mais eficientemente consultas tais como "busque todos os pontos dentro dos limites do retângulo." A pesquisa canônica que descreve o modelo original da árvore R está em: Guttman, A. "R-trees: A Dynamic Index Structure for Spatial Searching." Proceedings of the 1984 ACM SIGMOD Int'l Conf on Mgmt of Data, 45-57. Você também pode encontrar esse documento em "Readings in Database Systems" do Stonebraker Árvores R podem manipular polígonos e caixas. Na teoria, árvores R podem ser extendidos para manipular um grande número de dimensões. Na prática, extendendo árvores R requer um pouco de trabalho e nós não temos atualmente nenhuma documentação de como fazé-lo. 4.11) O que é um Otimizador Genético de Consultas? O módulo GEQO acelera a otimização de consultas quando se faz uma junção de várias tabelas utilizando o conceito de Algoritmo Genético (AG). Isso permite a manipulação de consultas com muitas junções utilizando buscas não exaustivas. 4.12) Como eu faço buscas com expressões regulares e buscas com expressões regulares sem diferenciar maiúsculas de minúsculas? Como eu utilizo um índice para buscas que não diferenciam maiúsculas de minúsculas? O operador ~ faz avaliação de expressões regulares, e ~* faz avaliação não sensível a maiúsculas de expressões regulares. A variante não sensível a maiúsculas do LIKE é chamada de ILIKE. Comparações de igualdade não sensíveis a maiúsculas são normalmente expressadas como: SELECT * FROM tab WHERE lower(col) = 'abc'; Isso não irá utilizar o índice padrão. Contudo, se você criar um índice funcional, ele será utilizado: CREATE INDEX tabindex ON tab (lower(col)); 4.13) Em uma consulta, como eu detecto se um campo é NULL? Você pode testar a coluna com IS NULL e IS NOT NULL. 4.14) Qual é a difenrença entre os vários tipos de dados de caracteres? Tipo Nome Interno Notas -------------------------------------------------- VARCHAR(n) varchar tamanho especifica o comprimento máximo, sem pr eenchimento CHAR(n) bpchar preenchimento em branco para comprimento fixo e specífico TEXT text nenhum limite superior específico no compriment o BYTEA bytea vetor de bytes de comprimento variável (null-by te safe) "char" char um caracter Você verá o nome interno quando examinar o catálogo do sistema e em algumas mensagens de erro. Os primeiros quatro tipos acima são do tipo "varlena" (i.e., os primeiros quatro bytes no disco são o comprimento seguido pelos dados). Consequentemente o espaço atual utilizado é ligeiramente maior do que o tamanho declarado. Contudo, esses tipos de dados também são sujeitos a compressão ou a serem armazenados fora do padrão utilizando o TOAST, então o espaço em disco pode também ser bem menor do que o esperado. VARCHAR(n) é melhor quando está armazenando cadeias de caracteres de comprimento variável e há um limite de tamanho desta cadeia. TEXT é para cadeias de caracteres de comprimento ilimitado, com o máximo de um gigabyte. CHAR(n) preenche com espaços em branco até o tamanho especificado, enquanto o VARCHAR(n) armazena somente os caracteres fornecidos. BYTEA é para armazenar dados binários, particularmente valores que incluem bytes NULL. Todos os tipos descritos aqui tem características de performance similares. 4.15.1) Como eu crio um campo serial/auto incremento? PostgreSQL suporta o tipo de dados SERIAL. Ele cria automaticamente uma sequência. Por exemplo: CREATE TABLE pessoa ( id SERIAL, nome TEXT ); é automaticamente traduzido em: CREATE SEQUENCE pessoa_id_seq; CREATE TABLE pessoa ( id INT4 NOT NULL DEFAULT nextval('pessoa_id_seq'), nome TEXT ); Veja a página sobre create_sequence no manual para mais informação sobre sequências. Você também pode utilizar o campo OID para cada registro como um valor único. Contudo, se você precisar exportar e importar o banco de dados, você precisa utilizar a opção -o do pg_dump ou a opção COPY WITH OIDS para preservar os OIDs. 4.15.2) Como eu consigo o valor de um campo SERIAL? Uma abordagem é obter o próximo valor SERIAL de uma sequência com a função nextval() antes de inserir e então inserir com o valor explicitamente. Utilizando o exemplo da tabela em 4.15.1, um exemplo em pseudo-linguagem se pareceria com isto: novo_id = execute("SELECT nextval('pessoa_id_seq')"); execute("INSERT INTO pessoa (id, nome) VALUES (novo_id, 'Blaise Pascal')"); Você poderia então ter também o novo valor armazenado em novo_id para utilizar em outras consultas (i.e., como uma chave estrangeira da tabela pessoa). Note que o nome da SEQUENCE criada automaticamente será __seq, onde tabela e coluna são os nomes da tabela e da coluna SERIAL, respectivamente. Alternativamente, você poderia obter o valor SERIAL atribuído com a função currval() depois de tê-lo inserido por padrão, i.e., execute("INSERT INTO pessoa (nome) VALUES ('Blaise Pascal')"); novo_id = execute("SELECT currval('pessoa_id_seq')"); Finalmente, você poderia utilizar o OID retornado da sentença INSERT para obter o valor padrão, embora este seja a abordagem menos portável, pois o valor do oid não ultrapassa 4 bilhões. Em Perl, utilizando DBI com o módulo DBD::Pg de Edmund Mergl, o valor do oid está disponível via $sth->{pg_oid_status} depois de $sth->execute(). 4.15.3) currval() e nextval() não lidam com condição de corrida com outros usuários? Não. currval() retorna o valor atual atribuido pelo seu núcleo (backend), e não por todos os usuários. 4.15.4) Por que os números da minha sequência não são reutilizados quando uma transação é abortada? Por que há intervalos nos números da minha sequência/coluna SERIAL? Para melhorar a concorrência, valores da sequência são atribuídos a transações correntes e não são travados até que a transação seja finalizada. Isso causa intervalos na numeração por causa de transações abortadas. 4.16) O que é um OID? O que é um TID? OIDs são a resposta do PostgreSQL a ids únicos de registros. Cada registro que é criado no PostgreSQL recebe um OID único. Todos OIDs produzidos durante o initdb são menores do que 16384 (de include/access/transam.h). Todos os OIDs criados pelo usuário são iguais ou maiores do que este valor. Por padrão, todos estes OIDs são únicos não somente na tabela ou no banco de dados, mas na instalação do PostgreSQL. PostgreSQL utiliza OIDs nas tabelas internas do sistema para ligar registros entre tabelas. Estes OIDs podem ser utilizados para identificar registros de usuários específicos e podem ser utilizados em junções. É recomendado que você utilize o tipo de coluna OID para armazenar valores OID. Você pode criar um índice no campo OID para acesso rápido. OIDs são atribuídos para todas os registros novos de uma área central que é utilizada por todos os bancos de dados. Se você quer mudar o OID de alguma coisa, ou se você quer fazer uma cópia da tabela, com os OIDs, não há razão para que você não possa fazê-la: CREATE TABLE nova_tabela(minha_coluna int); SELECT oid as oid_antigo, minha_coluna INTO tabela_tmp FROM tabela_anti ga; COPY tabela_tmp TO '/tmp/pgtable'; DROP TABLE tabela_tmp; COPY nova_tabela WITH OIDS FROM '/tmp/pgtable'; OIDs são armazenados como inteiros de 4 bytes, e não ultrapassam 4 bilhões. Ninguém nunca reportou que isso tenha ocorrido, e nós planejamos remover o limite antes que algúem o alcançe. TIDs são utilizados para identificar registros físicos específicos com valores de bloco e deslocamento. TIDs mudam após registros serem modificados ou recarregados. Eles são utilizados por índices para apontar para registros físicos. 4.17) Qual é o significado de alguns termos utilizados no PostgreSQL? O código-fonte e documentação antiga utiliza termos de uso comum. Aqui estão alguns deles: * tabela, relação, classe * linha, registro, tupla * coluna, campo, atributo * recupera, seleciona * altera, atualiza * incrementa, insere * OID, valor serial * portal, cursor * intervalo variável, nome da tabela, alias de tabela Uma lista de termos gerais de bancos de dados pode ser encontrada em: http://hea-www.harvard.edu/MST/simul/software/docs/pkgs/pgsql/glossary /glossary.html 4.18) Por que eu recebo o erro "ERROR: Memory exhausted in AllocSetAlloc()"? Você provavelmente está sem memória virtual no sistema, ou o seu núcleo (kernel) tem um limite baixo para certos recursos. Tente isto antes de iniciar o postmaster: ulimit -d 262144 limit datasize 256m Dependendo da sua shell, somente um desses comando terá sucesso, mas ele definirá o segmento de dados do seu processo com um limite maior e talvez permita que a consulta seja feita. Este comando é aplicado ao processo atual e todos os subprocessos criados depois do comando ser executado. Se você tiver problemas com o cliente SQL porque o núcleo (backend) retornou muitos dados, tente-o antes de iniciar o cliente. 4.19) Como eu informo qual versão do PostgreSQL eu estou utilizando? No psql, digite SELECT version(); 4.20) Por que minhas operações com objetos grandes retorna "invalid large obj descriptor"? Você precisa colocar BEGIN WORK e COMMIT ao redor de qualquer uso de operações com objetos grandes, isto é, ao redor de lo_open ... lo_close. Atualmente PostgreSQL obriga o fechamento de manipulação de um objeto grande quando uma transação é submetida (commit). Então a primeira tentativa de fazer qualquer coisa com o manipulador irá retornar invalid large obj descriptor. Então o código que funcionava (ao menos a algum tempo atrás) agora irá retornar uma mensagem de erro se você não utilizar uma transação. 4.21) Como eu crio uma coluna que conterá por padrão a hora atual? Utilize CURRENT_TIMESTAMP: CREATE TABLE teste (x int, modtime timestamp DEFAULT CURRENT_TIMESTAMP ); 4.22) Por que as minhas subconsultas que utilizam IN estão tão lentas? Em versões anteriores a 7.4, subconsultas eram agrupadas em consultas externas utilizando uma busca sequencial no resultado da subconsulta de cada registro da consulta externa. Se uma subconsulta retorna somente alguns registros e a consulta externa retorna muitos registros, IN é mais rápido. Para acelerar consultas externas, substitua IN por EXISTS: SELECT * FROM tab WHERE col IN (SELECT subcol FROM subtab); por: SELECT * FROM tab WHERE EXISTS (SELECT subcol FROM subtab WHERE subcol = col); Para isto ser rápido, subcol deve ser uma coluna indexada. A partir da versão 7.4, IN utiliza a mesma técnica de agrupamento do que consultas normais, e é recomendado utilizar EXISTS. 4.23) Como eu faço uma junção externa (outer join)? PostgreSQL suporta junções externas utilizando a sintaxe padrão do SQL. Aqui temos dois exemplos: SELECT * FROM t1 LEFT OUTER JOIN t2 ON (t1.col = t2.col); or SELECT * FROM t1 LEFT OUTER JOIN t2 USING (col); Essas duas consultas indênticas juntam t1.col com t2.col, e também retornam qualquer registro que não foi juntado em t1 (aqueles que não combinaram com t2). Uma junção a direita RIGHT adicionaria registros que não foram juntados da tabela t2. Uma junção completa (FULL) retornaria os registros combinados mais todos os registros não combinados de t1 e t2. A palavra OUTER é opcional e é assumida nas junções LEFT, RIGHT e FULL. Junções ordinárias são chamadas junções naturais (INNER). Em versões anteriores, junções externas podiam ser simuladas utilizando UNION e NOT IN. Por exemplo, quando juntar tab1 e tab2, a consulta a seguir faz uma junção externa de duas tabelas: SELECT tab1.col1, tab2.col2 FROM tab1, tab2 WHERE tab1.col1 = tab2.col1 UNION ALL SELECT tab1.col1, NULL FROM tab1 WHERE tab1.col1 NOT IN (SELECT tab2.col1 FROM tab2) ORDER BY col1 4.24) Como eu faço consultas utilizando múltiplos bancos de dados? Não há outra maneira de consultar um banco de dados caso ele não seja o atual. Porque o PostgreSQL carrega catálogos do sistema específicos do banco de dados, é incerto como uma consulta em banco de dados distintos pode se comportar. contrib/dblink permite consultas em bancos de dados distintos utilizando chamadas de funções. É claro, que um cliente pode fazer conexões simultâneas em bancos de dados diferentes e juntar os resultados no cliente. 4.25) Como eu retorno múltiplos registros ou colunas de uma função? No 7.3, você pode facilmente retornar múltiplos registros ou colunas de uma função, http://techdocs.postgresql.org/guides/SetReturningFunctions. 4.26) Por que eu não posso confiar na criação/remoção de tabelas temporárias em funções PL/PgSQL? PL/PgSQL armazena o conteúdo da função, e o efeito indesejado é que se uma função PL/PgSQL acessa uma tabela temporária, e aquela tabela é removida e criada novamente, e a função é chamada novamente, a função irá falhar porque o conteúdo armazenado da função ainda apontará para a tabela temporária antiga. A solução é utilizar o EXECUTE para acesso a tabelas temporárias no PL/PgSQL. Isto irá fazer com que a consulta seja avaliada toda vez. 4.27) Que opções para replicação estão disponíveis? Há várias opções de replicação mestre/escravo disponíveis. Isto permite somente que o mestre faça mudanças no banco de dados e o escravo só pode ler o banco de dados. Abaixo em http://gborg.PostgreSQL.org/genpage?replication_research lista-os. Uma solução de replicação de múltiplos mestres está sendo desenvolvida em http://gborg.PostgreSQL.org/project/pgreplication/projdisplay.php. 4.28) Que opções para encriptação estão disponíveis? * No contrib/pgcrypto contém muitas funções de encriptação para serem utilizados em consultas SQL. * Para encriptar a transmissão do cliente ao servidor, o servidor deve ter a opção ssl definida como true no postgresql.conf, e um registro host ou hostssl deve existir no pg_hba.conf, e o sslmode no cliente não deve estar disable. (Note que também é possível utilizar outros esquemas de transporte encriptado, tais como stunnel ou ssh, ao invés da conexão SSL nativa do PostgreSQL.) * Senhas dos usuários do banco de dados são automaticamente encriptadas quando armazenadas na versão 7.3. Em versões anteriores, você deve habilitar a opção PASSWORD_ENCRYPTION no postgresql.conf. * O servidor pode executar utilizando um sistema de arquivos encriptado. _________________________________________________________________ Extendendo o PostgreSQL 5.1) Eu escrevi uma função. Quando eu executo-a no psql, por que ela finaliza o programa com descarga de memória (core dump)? O problema pode ser várias coisas. Tente testar sua função em um programa independente. 5.2) Como eu posso contribuir com alguns tipos e funções novas para o PostgreSQL? Envie as suas extensões para a lista de discussão pgsql-hackers, e elas eventualmente serão colocadas no subdiretório contrib/. 5.3) Como eu escrevo uma função em C que retorna uma tupla? Em versões do PostgreSQL a partir da 7.3, funções que retornam tuplas são suportadas em C, PL/PgSQL e SQL. Veja o Guia do Programador para mais informação. Um exemplo de uma função escrita em C e que retorna tuplas pode ser encontrada em contrib/tablefunc. 5.4) Eu alterei um arquivo do código-fonte. Por que a recompilação não surtiu efeito? Os arquivos Makefiles não tem as dependências corretas para incluir arquivos. Você deve executar um make clean e então o make. Se você está utilizando o GCC você pode utilizar a opção --enable-depend do configure para o compilador computar as dependências automaticamente.